As fraturas do terço distal do rádio constituem de dez a 12% das fraturas do esqueleto e são, muitas vezes, chamadas genericamente de fratura de Colles. Não se levando em conta os vários tipos de fraturas distintas do rádio distal que necessitam considerações terapêuticas diversas e prognósticos diferentes.
De Hipócrates a Pouteau, as fraturas do terço distal do rádio foram consideradas como luxações radiocárpicas. No trabalho póstumo de Pouteau, publicado em 1783, trinta anos antes de Colles, a fratura do terço distal do rádio foi brilhantemente descrita, embora apresentasse teoria equivocada a respeito da ação da contração dos dedos.
Em 1838, Johan Barton descreveu outro tipo de fratura do terço distal do rádio. em que ocorria o comprometimento marginal dorsal do rádio com luxação do carpo, e aventou a possibilidade de se verificar fratura semelhante na face palmar do rádio, que também foi descrita por Leternnier no mesmo ano.
Goyrand. em 1932. e posteriormente Smith, em 1974, descreveram a fratura do extremo distal do rádio em flexão e compressão, fratura inversa à descrita por Colles (1813). Além desses, vários outros autores descreveram diversos tipos de fraturas do terço distal do rádio, como as fraturas marginais laterais.