Uso excessivo do celular: quais os riscos e dicas para equilibrar

Nos últimos anos, os aparelhos eletrônicos ganharam ainda mais espaço em nossa vida e fazem parte do dia a dia. É importante, no entanto, atentar-se aos riscos do uso excessivo do celular.

Utilizamos as telas para estudar, trabalhar, nos divertir, manter contato com outras pessoas, acompanhar as notícias, entre outras muitas atividades desempenhadas pelos dispositivos.

No entanto, você deve entender os perigos da utilização além do recomendado. Neste artigo, você vai conhecer esses riscos e receber dicas para evitar o uso excessivo do celular.

Por que rever o uso excessivo do celular?

Se você se considera dependente do celular, dorme próximo do aparelho, leva-o para todos os lugares e nunca está “desconectado”, é fundamental saber identificar os sinais do uso excessivo do celular e entender quando isso pode prejudicar você.

Como saber se estou usando em excesso?

O livre acesso à tecnologia é uma realidade na maior parte dos lares brasileiros. A última pesquisa feita pelo IBGE sobre o tema, realizada em 2019, aponta que 8 de cada 10 domicílios têm acesso à internet no país.

Nesse contexto, também houve um aumento do uso do celular na comparação entre 2018 e 2019, sendo o aparelho mais utilizado pelos brasileiros maiores de 10 anos para acessar à internet.

Se você também faz parte dessa estatística, veja a seguir como identificar os principais sinais do uso excessivo do celular. Caso sua resposta seja positiva para estas perguntas, talvez seja o momento de rever alguns dos seus hábitos.

Você sente dor ou tensão muscular no pescoço e nos ombros?

Quando passamos muito tempo mexendo no celular, a postura mais comum é a cabeça para baixo, olhando para a tela. Isso pode causar dor nos pescoço e nos ombros, tensão muscular e desconforto na coluna. Atenção ao risco ergonômico!

Você leva o celular para a cama e tem insônia?

Quem não consegue se desconectar das telas, nem na hora de dormir, pode encontrar mais dificuldade para pegar no sono. Se você tem esse hábito, lembre-se de que a qualidade do sono é essencial para a saúde. A propósito, quando foi a última vez que você teve o prazer de abrir e ler um livro físico?

Já se percebeu olhando diversas vezes para o celular com medo de perder alguma novidade?

O hábito de olhar as redes sociais com frequência e a necessidade de se manter atualizado sobre tudo está associado a um fenômeno conhecido como FOMO (Fear of Missing Out), sigla em inglês para “o medo de estar perdendo algo”.

Mais um problema do mundo moderno que predispõe à ansiedade, podendo causar danos à saúde mental, estando diretamente ligado ao uso excessivo do celular.

Tem dificuldades de concentração?

O vício em celular também torna mais difícil se concentrar, seja para realizar tarefas simples, como ver um filme, ler um livro, seja para manter uma conversa sem o smartphone na mão, seja até em aspectos mais importantes.

A falta de concentração no trabalho, por exemplo, pode causar sérios prejuízos à vida profissional. Enquanto lê este artigo, quantas vezes você parou para dar uma olhada nas suas redes sociais ou no WhatsApp?

Doenças causadas pelo uso excessivo do celular

Além dos sintomas já citados, como tensão muscular, insônia, ansiedade e falta de concentração, a lista de problemas causados pelo vício em celular é ainda mais extensa:

Problemas na visão

O uso excessivo do celular pode deixar os olhos ressecados, abrindo as portas — ou as pálpebras — para uma série de problemas da saúde ocular, como:

Surgimento de infecção
Inflamação
Fadiga visual
Dor de cabeça e nos olhos
Visão embaçada

Comprometimento das articulações

A posição das mãos para mexer no celular e o movimento repetitivo dos dedos na tela podem favorecer o surgimento de problemas nos tendões e nas articulações, causando desconforto nas mãos, nos dedos e, em alguns casos, até nos cotovelos.

A má postura ao usar o celular também causa tensão muscular que pode se reverter em dor crônica, inclusive em alteração da coluna cervical.

Sedentarismo

Passar horas no sofá mexendo no celular e não aproveitar o tempo para praticar atividades físicas é uma característica comum do sedentarismo, hábito que pode levar à obesidade e a problemas de saúde.

Disformia corporal

Pessoas que passam muito tempo nas redes sociais tendem a se comparar com os padrões de imagem estabelecidos, muitos deles regidos por filtros e um estilo de vida inalcançável.

Isso acaba gerando insatisfação com a própria imagem, podendo causar um transtorno mental conhecido como “disformia corporal”. Diante da comparação, a pessoa tende a maximizar, em si mesma, o que considera defeitos.

O problema impacta a saúde mental e a autoestima, especialmente de mulheres adolescentes e jovens. O resultado é o aumento de procedimentos estéticos nesse público. Outro comportamento que tem sido destacado é a cobrança excessiva por um ideal de perfeição estética e de estilo de vida, o que pode causar outros transtornos mentais, como a depressão.

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